Partager
As técnicas utilizadas reconstrução mamária
Ela pode ser feita de imediato ou posteriormente. Eu utilizo em geral uma prótese de expansão, colocada em posição retro peitoral, que será preenchida em pós-operatório à cada 3 ou 4 semanas, com um soro fisiológico. A prótese de expansão sera trocada 4 à 12 meses mais tarde por uma prótese definitiva de silicone. Essa técnica permite escolher com a paciente o volume desejado à medida que a expansão é realizada. A utilização do expansor de imediato diminui a tensão cicatricial e o risco de complicações. Em reconstrução tardia o expansor permite obter um sulco sub mamário bem definido sem precisar realizar um retalho cutâneo-gorduroso avanço de com os riscos que isso implicaria. Em minha experiência, o risco de fracasso da reconstrução mamária com prótese e utilização de um expansor é pequeno (3%), comparado ao risco de complicações após a implantação de uma prótese definitiva desde o início, (de 5 à 20% segundo a literatura), especialmente em pacientes fumantes. O incoveniente de precisar realizar uma segunda intervenção é assim compensado não somente por uma diminuição do risco, mas também pela possibilidade de obter um melhor resultado final : -utilizando as próteses anatômicas durante a troca permitindo uma curva mais natural que […]
Trata-se de uma técnica com a qual eu tenho grande experiência com mais de 600 TRAM realizados desde 1989, para a qual eu instaurei um procedimento que a torna bastante fiável, reduzindo à 1% o risco de necrose parcial do retalho. O TRAM é um retalho utilizando um dos dois músculos reto abdominais da parede abdominal, separado em sua parte inferior na qual caminham os vasos epigástricos levando a vascularização ao retalho cutâneo-gorduroso pelos vasos perfurantes. Os vasos epigástricos superiores e inferiores se reúnem no músculo reto abdominal. Antes da preparação, o fluxo vascular epigástrico inferior é predominante. Para melhorar o fluxo vascular (e diminuir assim o risco de má vascularização e de necrose ulterior do retalho) uma preparação é realizada previamente. Ela consiste em uma ligadura dos vasos epigástricos inferiores que inverte o sentido do fluxo vascular e restabelece a vascularização pelos vasos epigástricos superiores. Ela pode ser feita cirurgicamente (por vezes ao mesmo tempo que a mastectomia, se esta reconstrução já estava prevista inicialmente) ou por embolização (no serviço de radiologia vascular da clínica da orangeria, sob anestesia local). A angiotomografia realizada em seguida mostra a qualidade da vascularização epigástrica superior e dos vasos perfurantes, e verifica que ela […]
O retalho de grande dorsal é tecnicamente mais simples à realizar que o TRAM. Sua vascularização é mais certa do que a do retalho abdominal e ele pode ser indicado às pacientes contraindicadas para um TRAM por causa de um problema vascular ou relacionado ao tabaco. Ele conheceu um grande desenvolvimento esses últimos anos graças à uma aumentação do volume secundário possível com Lipofilling permitindo realizar retalhos dos grandes dorsais autólogos. Ele tem o incoveniente de associar uma cicatriz dorsal e o volume obtido prevalece mais limitado que o do TRAM. O pós-operatório é mais simples que o do TRAM com uma recuperação em geral quase completa no prazo de 6 semanas. Em minha prática eu utilizo autólogo para os seios de pequeno ou médio volume, e mais raramente para os seios de maior volume. Eu incluo uma prótese atrás do retalho se um volume considerável é necessário. Nesse caso, o risco evolutivo (retração capsular e assimetria em longo prazo) é o mesmo que depois de uma reconstrução com prótese. Técnicas de reconstrução
O lipofilling é a injeção de gordura retirada da paciente, em seguida purificada por centrifugação e reinjetada no mesmo tempo operatório. Essa injeção se faz como um transplante de tecido celuloadiposo com a ajuda de uma agulha fina, de modo retrógrado, em vários planos quando possível, e de modo cruzado. O volume que podemos injetar é limitado pela espessura da zona à injetar. Várias sessões são comumente necessárias. Essa técnica que parece simples, necessita na realidade de uma curva de aprendizado importante, para injetar corretamente e evitar a formação de cistos oleosos. O lipofilling é utilizado constantemente em reconstrução mamária , associado às outras reconstruções ou às vezes sozinho. Seu único limite é a falta de zona doadora. A porcentagem de reabsorção de gordura depois da injeção que é da ordem de 30 à 50% segundo as pacientes é majorada em pacientes fumantes. Essa técnica permitiu modificar completamente os resultados da reconstrução com prótese. Com efeito apesar das numerosas opções que nós temos atualmente em prótese mamária, ainda não existem próteses sob medida. O lipofilling, como o fala um de meus amigos cirurgiões brasileiros, é de alguma forma o « Photoshop » da reconstrução mamária. Em alguns casos ele corrige o volume […]
Várias técnicas são realizáveis. A que me proporciona maior satisfação é a utilização de um transplante de pele retirado na região gênito-crural para a reconstrução da aréola, associada se possível à um transplante do mamilo contralateral após bipartição (se ele é volumoso o suficiente). Essa técnica resulta em resultados muito bons e não deixa nenhuma sequela à nível genital. Ela não causa dor nem perturbação na sensibilidade do mamilo retirado. A cor da aréola depois de algumas semanas é similar à cor da aréola contralateral. Se uma descoloração acontece com o passar dos anos, uma tatuagem complementar poderá ser realizada. Dessa maneira o resultado parece bem mais natural que uma simples reconstrução por tatuagem. Se o mamilo contralateral é pequeno demais, a reconstrução do mamilo pode ser feita com um retalho cutâneo local que será necessariamente pequeno nas reconstruções com prótese visto a pouca espessura disponível. Outras técnicas para a reconstrução da mama